Justiça
STF prorroga por 90 dias investigação contra Bezerra, por supostas fraudes na licitação de aeroporto
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, relator do inquérito contra o deputado federal Carlos Bezerra (MDB) sobre suposta fraude envolvendo a licitação do aeroporto de Rondonópolis, prorrogou por mais 90 dias as investigações. Além de Bezerra, também são investigadas outras sete pessoas.
O procedimento foi instaurado pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, onde se apurou a prática de crimes contra a administração envolvendo a empresa privada Ensercon Engenharia Ltda.
Em uma decisão do dia 2 de outubro, o ministro Luiz Fux, a pedido do Ministério Público Federal, prorrogou por mais 90 dia as investigações. Além disso o relator também deferiu pedido de vista formulado pelos procuradores da empresa Ensercon, limitado, porém, aos autos principais.
O inquérito policial inicialmente tramitou na Sétima Vara Criminal de Cuiabá, sob relatoria da juíza Selma Rosane Arruda.
Os autos foram distribuídos a Fux por prevenção com a colaboração premiada firmada pelo ex-governador Silval Barbosa. Segundo delatado, Silval foi avalista em um empréstimo contraído por Bezerra. O pagamento da dívida se daria pela cobrança de propina em face da Ensercon.
Também são investigados no inquérito o ex-secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Cinésio Nunes, Edmar Alves Botelho, Esmeraldo Teodoro de Mello, José Carlos Ferreira da Silva; Marcílio Ferreira Kerche, Pedro Maurício Mazzaro, e Tércio Lacerda de Almeida.
Outro lado
O deputado federal Carlos Bezerra, assegurou que jamais autorizou ato ilícito ou fraude em licitação da reforma e ampliação do Aeroporto de Rondonópolis. Via assessoria ele disse que não sabe de nada sobre o episódio e que quem deve explicações é o ex-governador Silval Barbosa (ex-PMDB), responsável pela delação premiada que colocou os principais líderes políticos, empresariais e dos dirigentes dos poderes sob investigação do STF.
Carlos Bezerra enfatizou que, em quatro décadas de vida pública, sempre pautou sua atuação pela lisura e decência, estranhando que novamente alguns tentem envolver o seu nome em supostos ilícitos. “Tenho uma história de luta em defesa da moral e da decência. Ele [Silval] é quem é réu confesso e deve explicações”, pontuou